sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Do sexo oposto

  Nós mulheres deveríamos nascer com um só codinome; ‘Estrago’. Porque por mais tranqüila e apática que uma de nós possa ser, a hora que revolvemos, acredite, a coisa vai acontecer, desestruturar e enlouquecer. Não tem mistério à parte, nós somos o próprio, e eles sabem, sentem.
  Observar, essa é a arte, e como conseqüência ganhamos o que chamo de soberania absoluta, aquela em que eles acham e mostram que comandam, mas que com uma simples mudança no tom de voz e uma inclinação no olhar, elas organizam tudo do jeito que bem entenderem, deixando a vidente subordinação somente à sensibilidade feminina. É esse o trunfo, auto-conhecimento da espécie, a comunicação autêntica, cada uma sabe deduzir inconscientemente o pensamento da outra e todo esse processo contribui não só para nos camuflarmos diante de opiniões peculiares, mas também para instigarmos o sexo oposto que se diz tão superior e não codifica simples caras e bocas.
  Sabemos articular, seja com a ardência ou com a serenidade, e acima de tudo, sabemos direcionar cada caso para aplicarmos a tendência correta. Quando conhecemos o caminho, o problema é um pouco maior, e isso homens, é indescritível, saber que aquele movimento vai trazer exatamente a reação esperada é maldosamente mágico.
  Apesar de ter dito várias vezes, eu não queria ser homem nem por um minuto, não queria perder a visão e muito menos a ganância de instigá-los. 

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