terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mas e você, tá difícil viver se enganando?

  Depois de muito tempo, eu entrei em uma de suas redes sociais só pra confirmar a sua volta. Abri uma foto dele com ‘novo amor de sua vida’ e não pude conter o sorriso. Sorriso? Sim, sorriso! Sorriso não só por eu ser possuidora de traços mais fortes e linhas mais bem definidas, sorriso não só por eu combinar algumas centenas de vezes a mais com ele do que ela, mas talvez, sorriso por eu continuar a enxergar na hegemonia daqueles olhos, a minha falta, que mesmo decorada com milhares de novas rotinas, continua me gritando. Tomara que meu sexto sentido não falhe quando ele resolver deixar a máscara e dar a cara a tapa, tomara que meus sonhos me previnam e que minha campainha só confirme, e tomare ainda mais, com mais força, que eu só vá até a porta para assegurar-me de que todas as trincas estão devidamente fechadas.
  Se você estivesse do meu lado agora, certamente diria: ‘Você deve estar ficando louca?’, minha resposta seria: ‘Mas e você, tá difícil viver se enganando?’.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Um brinde!

  Um brinde ao caos! Um brinde a ele, pois é quem nos trás a inquietação, quem nos arranca do estado de estaticidade, um brinde por tanto ao que nos move, nos concentra, brinde de angústia, de renovação, brinde de esperança.
  Quisá um dia, toda a ordem se estabelecer, não haverá qualquer articulação em função do novo, não haverá o que se encaixar, pois as peças do quebra-cabeça já estarão formando a figura final gravada na caixa. É mais o menos como a busca pela felicidade, desde que eu que lembre ouso falar daqueles que se julgam infelizes, mas os que já possuíram a tão cogitada, nunca a mantiveram, é como se tudo por tendência própria fosse direcionado a transformar-se. Mas afinal, porque a mudança assusta tanto se é praticamente uma lei da vida?
  A mudança assusta porque contradiz com a rotina, mudar é irrefutável mas não necessariamente seguro, a alteração nem sempre nos leva a um estado de espírito melhor que o anterior, mais mesmo assim ela acontece, sem dó, nem resposta, só acontece.
  Isso explica muita coisa, como altos e baixos, como a saudade, as recordações, a nostalgia... Se o ser humano não fosse tão fugaz, a probabilidade de nos estabilizarmos seria grande, mas que probabilidade ousada não, conquistar o equilíbrio e por tanto se manter imóvel diante de todas as sugestões e caminhos que perigavam dar certo, seria a solução para muitos, tudo bem e no lugar certo, para muitos, não para mim.
  Eu busco mais, eu quero mais diversidade pro mundo, mais intensidade, emoção, arrepio, carne e osso. Quero menos certezas, afinal, pra que mesmo que estas valem? Quero mais, sempre mais.
  Um brinde ao caos, e conseqüentemente, um brinde a minha adorável desordem!