terça-feira, 25 de janeiro de 2011

À quem couber

  Me desculpem, ando meio ausente das palavras aqui organizadas. Falta de tempo talvez, falta de capacidade ou até falta de conteúdo, não idealizo coisas pela metade, e nesses últimos dias tem me feito falta as coisas por inteiro, botando em xeque toda a petulância das minhas novas rotinas. Sinceramente, eu nadaria contra a correnteza sozinha, se pudesse ter algumas delas de volta, apenas algumas. Outras já se encontrar em outro tempo, em estado de recordação, tudo tão mais tranqüilo agora, e mesmo assim as chances que me escaparam, possuem o poder de reorganizar da sua maneira meu estado de humor.
  Eu tenho me controlado como nunca, como nunca me descontrolei. Contraditório? Real, a mais pura e enigmática versão, todos já guardaram as fixas e até mesmo nós paramos de jogar, mas então por quê ainda estamos sentados à mesa? Por quê insistimos em nos olharmos ao menos que seja por mera curiosidade? Muitas respostas, mas o tempo é bem mais que o girar dos ponteiros, o tempo transforma, e trás de volta o que tiver que voltar e da maneia com a qual isso tem que acontecer, cabe então a nós nos adaptarmos a essas mudanças que de tão estranhas chegam a causar insanas inseguranças.
  Alguns irão saber analisar o que foi sub-entendido nessas breves linhas, outros vão associar e junto com as coincidências tirar pra si alguma lição, e ainda há aqueles que não absorverão absolutamente nada, à estes, que pelo menos fique a certeza de que tudo que foi escrito foi por completo, sem tamanhas deixas das quais eu tenho que lidar diariamente.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

E para o meu 2011

  Eu decidi que não se nega o amor, amor nunca é demais, lógico, o amor verdadeiro; seja ele de amigo, de irmão, de namorado, de bicho de estimação ou de família, eu largo tudo esqueço o mundo, jogo fora o que quer que me peçam, mas só se me for garantido que lá na linha de chegada há um embrulho amarrado com uma fita vermelha contendo toda a ternura e a contradição implícita que esse sentimento enlouquecedor pode causar. Cansei de pensar no que podem achar da minha escolha, de como as interpretações podem vir, sempre me preocupei demais, mas nunca fiz nada a for de uma boa imagem, agora é hora de jogar as cartas pro ar e deixar elas se organizarem sozinhas.
  Eu quero perder o sono; estudando, conversando, comendo, beijando... Eu quero viajar, conhecer novos horizontes, quero gargalhar ao olhar meu 2010, mas também quero minhas recordações acessas e incendiando todo meu presente, quero reencontrar pessoas perdidas, quero menos investigações, menos lágrimas, quero o meu nome na lista de aprovados, quero homens novos e os amigos de sempre, quero desapego e apego, quero menos sexto-sentido pro meus dias, quero olhar pra trás quando mais uma virada passar e assim como fiz esses dias abrir um sorriso e dizer: 'Faria tudo outra vez, em dobro'.  
  Feliz 2011!