domingo, 14 de novembro de 2010

Aos amigos distantes

  As vezes temos amigos distantes tão presentes que até nos esquecemos dos quilômetros e horas que separam nosso contato. Amigos estes, que te fazem rir quando você já não consegue articular um sorriso sozinha, que te ligam e te atendem na faculdade, no bar ou no shopping e perdem horas do seu tempo escutando lamentações e besteiras sem fundamento, amigos dos quais sentimos saudades trazendo aquela vontade inquietante de voar no tempo, de sentir o abraço, escutar a gargalhada...
  Os de verdade não se vão com a primavera ou com o verão, ficam ativos em um lugar chamado memória, e conseqüentemente se alastram por todo o cotidiano de cada qual, seja em um música, em uma foto ou uma mania engraçada que vocês conquistaram com a intimidade e a confiança.
  Não queria nenhum longe de mim, mas todos nós vamos seguir por uma estrada qualquer dia desses, vamos correr contra o tempo e contra a saudade, mais nunca em hipótese alguma contra o esquecimento e este não pega quem vivenciou das façanhas de passar os melhores dias mesmo sem definição certa do que fazer.
  Estou aqui, contando as semanas, os dias e os minutos, para poder abrir os olhos e ver cada expressão familiar, cada fala despojada e cada sorriso dos quais eu sinto tanta falta. Sinceramente, voltem logo por favor.
                                    
'Dedicado aquele de todas as horas, de todos os dias; Viny Cesar'. 

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